sexta-feira, 6 de julho de 2012

A DÚVIDA

Situação filosófica

"Em uma manhã ensolarada da antiga Atenas, a população desenvolvia tranquilamente seus afazeres. De repente, um homem cruza a praça correndo, e logo se ouvem gritos desesperados:

-Pega ladrão! Pega ladrão!

Um soldado imediatamente se lança em disparada atrás do sujeito. Sócrates, por sua vez, pergunta:
-O que é um ladrão?"

Analisando a situação

Tudo transcorria normalmente em Atenas, na Grécia Antiga, quando um homem surge gritando "Pega ladrão!". A situação levou o soldado a correr atrás do ladrão. Mas, provocou  em Sócrates um deslocamento e, consequentemente, um questionamento: "O que é um ladrão?" A atitude do soldado é própria do senso comum e a de Sócrates é característica dos filósofos.


Importância de perguntar

Duvidar é fundamental para ter um conhecimento mais amplo. Porém, poucas pessoas duvidam, questionam.  Geralmente, as pessoas não perguntam porque possuem dificuldade de se expressar ou medo de falar em público porque consideram que perguntar é expor uma debilidade. 

Atitude filosófica

A atitude indagadora é filosófica e é essencial tanto para aqueles que desejam tornarem-se filósofos quanto para aqueles que desejam apenas refletir sobre alguma situação.
A atitude filosófica é comum na infância. O homem, quando é criança, questiona tudo e todos, mas, quando cresce, contenta-se com respostas prontas e acabadas. Para recuperar a atitude filosófica, o homem deve inspirar-se na infância e recomeçar a indagar.

Dúvida filosófica

As dúvidas filosóficas surgem nos momentos de estranhamento. Indagar sobre qual time vai ganhar o Campeonato Brasileiro de Futebol não é uma dúvida filosófica. Mas, indagar sobre "O que é o mal?" ou "O ser humano é mal?" quando nos deparamos com crimes bárbaros, é uma dúvida filosófica que demanda uma explicação racional.
A partir da dúvida, o filósofo constrói uma explicação fundamentada sobre o objeto de sua reflexão.




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